quarta-feira, 30 de setembro de 2009

DEU NA INPREMÇA

TROCANDO AS BOLAS

Seu Benu queria saber se eu conhecia aquela música “Samba do crioulo doido”, e eu até fiquei com medo de comentar por causa do patrulhamento excessivo dos caras do “politicamente correto”, mas lembrei que era uma composição musical de um bocado de anos passados e aí arrisquei. “Claro, não é aquela que mistura Chica da Silva com Tiradentes?”.
“Essa mesma”, arrematou o mais que nonagenário velhaserpiano (neologismo que representa natural da Velha Serpa, atual Itacoatiara, interior do amazonas), acrescentando que foi a sensação que teve ao ler o site da Folha de São Paulo nesta quarta-feira, quando procurou se informar sobre a decisão do COI a respeito da sede dos Jogos Olímpicos (o que deve acontecer só na sexta-feira, dia 2).
Eu acessei e não vi nada demais. Aí ele mandou que eu clicasse sobre a manchete “Pelé diz que vitória do Rio-2016 seria como ganhar outra Copa do Mundo”. Fui lá e aí entendi o que seu Benu queria dizer.
É que quando clicava em cima da manchete ela remetia para uma notícia que nada tinha a ver com Olimpíada. Caía em “Alonso já trabalha cockpit e pede novos engenheiros à Ferrari, diz jornal”
“Essa vai para meus alfarrábios. Para mostrar a essa gente que sempre diz que só os jornalistas daqui erram”.
Taí, eu acho que ele tem razão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BESTEIROL DIPLOMÁTICO

Sem qualquer necessidade o Brasil literalmente meteu-se numa autêntica "camisa de sete varas", como diria minha mãe se viva fosse e cá estivesse. Essa de permitir que o presidente golpista de Honduras entrasse na embaixada brasileira e dali transformasse tudo em palco dessa comédia que ele tenta armar desde quando foi defenestrado do poder após ver derrotadas suas pretensões, no Congresso e no Supremo Tribunal, de mudar a lei para tentar reeleição. Ao se rebelar contra a dupla decisão e instigar seus partidários a ir para as ruas e forçar o que ele queria, Zelaya insurgiu-se contra a Constituição de seu país que ele, ao tomar posse, jurou respeitar e cumprir (pelo menos é o que suponho).
Zelaya aliou-se logo a outros que, como ele, chegaram ao poder de maneira constitucional e conseguiram, sabe-se lá por quais motivos, ou sabe-se mesmo como, mudar as leis de seus países e ganharem o direito a serem candidatos outra vez, ainda que tripudiando sobre todos os preceitos que a democracia prescreve.
Pior que esses presidentes constitucionais (sempre é bom lembrar que Adolf Hitler chegou ao poder pelo voto universal, ainda que a História conte como foi) falam sempre que são democratas, mas à maneira do livro de Cuba, com alguns assessores tendo feito seus cursos em países como a Albânia e a ex-URSS.
Alegar que Zelaya chegou à embaixada brasileira sem que ninguém em Brasília soubesse é a mesma coisa que continuar negando que houve um acordo Brasil-Cuba para que a Polícia brasileira prendesse aqueles dois boxeadores cubanos durante o Pan no Rio de Janeiro. Só acredita nessas duas versões quem também crê em papai-noel.
O discurso brasileiro é típico da era-Lula: negar sempre, alegar que não sabia de nada (lembram do mensalão?), cobrar respeito ao "território brasileira" representado pela embaixada em Tegucicalpa, mas, ao mesmo tempo, permitir que Zelaya, de dentro, incite a população a rebelar-se contra a ordem estabelecida e dar ao candidato a ditador um palanque com vistas à disputa presidencial que se aproxima ali, é mostrar, novamente, que a diplomacia brasileira brinca da mesma maneira que o Ministério da Justiça no caso daquele terrorista italiano que no Brasil ganhou o status de "refugiado político", o que abre precedente para Bin-Laden também desembarcar neste país tropical.
Ora, quando o governo brasileiro diz "temer" a invasão de sua embaixada, esquece que o governo brasileiro já permitiu que Zelaya et cateva a invadissem e transformassem o local em palco de campanha eleitoral.
Metido numa "camisa de sete varas", o governo brasileiro busca uma saída, mas, como sóe ser comum aos atuais donos do poder, não admite que o erro começou em Brasília que, agora, busca transferir a responsabilidade para quem apenas obedeceu à Constituição.
O que chama a atenção também é o fato de diplomatas de carreira continuarem calados, nenhum deles se posicionar com a autoridade de quem conhece do assunto e permitir que o país a cada dia mais se afunde perante as pessoas de bom-senso.

sábado, 19 de setembro de 2009

CONTA GOTAS

19.09.09

Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com

Esta coluna também está no endereço http://100release.blogspot.com


ATENDIMENTO I
A Associação Comercial de Guajará-Mirim quer fazer do município um pólo de eventos, mas pelo menos um diretor disse a este repórter que um dos setores que mais vão precisar de atenção é o de atendimento ao público. Outro ponto é a reorganização do trânsito na cidade. Nos dois pontos eles estão certos.

DESINFORMAÇÃO
Alguém precisa orientar aqueles soldados que ficam dando “dicas” sobre a gripe, na travessia de Guajará-Mirim para Guayaramérin. Por várias vezes, em ocasiões diferentes, têm-se ouvido deles que quem vai para La Banda não deve comer ou beber nada, nem tampouco trazer perfumes e bebidas para o lado de cá. Talvez por falta de melhor orientação, os soldados podem acabar gerando uma situação de crise com “los hermaños”.

ACADEMIA
A Academia de Letras de Rondônia reúne na próxima sexta-feira, 25, e um assunto que deve entrar na pauta é a realização da I Feira de Livros de Autores Rondonienses, prevista para o início de dezembro, em Porto Velho.

ATENDIMENTO II
Continua ruim o atendimento à vítima na área da Segurança Pública. No domingo passado a vítima de um assalto ficou a noite inteira na delegacia, isso apesar de seu carro e os bens roubados terem sido apreendidos e presos dois dos três ladrões, o que aconteceu por volta das 21 horas. Pior: a vítima ficou na mesma sala onde estavam familiares dos ladrões, uma exposição desnecessária e perigosa.

SUJEIRA
Sob as sombras da noite, na via inteiramente às escuras entre o Parque Circuito e o aeroporto, continua a lateral da avenida Lauro Sodré transformada em depósito de lixo. Só não toma providência quem não quer. A quantidade de restos de animais mortos leva à idéia de que o local foi transformado em cemitério de lojas que atuam na área.

RODOVIÁRIA
Cada vez mais suja e jogada fora a mais movimentada estação rodoviária do Estado, a de Porto Velho. O prefeito Roberto Sobrinho chegou a anunciar a construção de uma, mas, pelo visto, ficou, como outras obras anunciadas e/ou iniciadas, apenas nisso.

TAXISTAS
Por que taxistas têm tantos pontos de estacionamento nas vias de maior movimento da capital e os proprietários de carros a cada dia têm mais reduzidos seus espaços? Até quando vai continuar a farra? Pior: quando o ponto está lotado, taxistas estacionam em espaços que não lhes são indicados, mas se alguém estaciona no espaço deles aí sofre pressão, os carros são arranhados, etc.

PROIBIÇÃO
A área preparada pelo SESC/Esplanada para estacionamento de veículos, com espaço suficiente para isso e o trânsito de pedestres, está agora proibida. Segundo uma faixa no local, porque um órgão público entendeu que não se pode colocar o carro, ou moto, no lugar. Até quando vai continuar esse negócio de querer aparecer, mesmo prejudicando o contribuinte?

ALIÁS...
No lugar que era da Academia de Letras, esquina da Pinheiro Machado com Farqhuar, colocaram uma secretaria de Estado e uma série de cones, na Pinheiro, proibindo que alguém passe no local. Ali, pelo visto, nenhum órgão de trânsito viu nada até agora. E o contribuinte que se dane e sustente essa turma.

Inté outro dia, se Deus quiser!


DEU NA INPREMÇA

Seu Benu foi pescar no lago de Serpa e deixou até o note-book em casa. Mas disse ter ouvido o repórter de uma TV portovelhense dizer que quando um terreno estiver cheio de mato e a prefeitura mandar seus trabalhadores limpar, isso será descontado do IPTU.
Seu Benu, que não concorda que quando eu vendo um carro mando colcoar pneus novos e ainda transfiro o seguro, veio pesado:
“Você ta vendo? Se a prefeitura dá desconto para quem deixa o terreno sujo, por que você paga para limpar o seu?”.
Quando eu tentei argumentar que o repórter pode ter-se enganado, aí ele foi pior:
“Ta vendo? Você reclama do fisiologismo e do espírito de corpo dos outros mas quer proteger quem erra e é da tua profissão”.
Não dá para discutir com ele. A razão é mesmo do bardo itacoatiarense.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CONTA GOTAS

Lúcio Albuquerque
jlucioalbuquerque@gmail.com

Ao fim dessas notas leia o comentário “Já vimos esse filme...”
Essta coluna você lê também no blog http://100release.blogspot.com


BATISTI
Foi lamentável ver ministros do STF posicionando-se favorável a um criminoso já condenado em outro país por assassinato deliberado. E a arrogância do ministro da Justiça nas entrevistas sobre o assunto.

ALIÁS
Conta o folclore político que uma vez um ministro brasileiro da Justiça teria perguntado numa reunião com autoridades bolivianas para que aquele país tem Ministério da Marinha, se não tem mar; e ouvido em resposta a pergunta para que o Brasil tinha um Ministério da Justiça. Talvez os italianos queiram fazer a mesma pergunta.

PESQUISA
Continuo sem entender por que motivo eu e muita gente que andei perguntando, nunca fomos pesquisados. Será que andam direcionando pesquisa?

POSSE
O ex-presidente do Beron, e escritor, Paulo Saldanha, toma posse neste sábado, 12, como membro da Academia de Letras de Rondônia, em cerimônia a acontecer na Câmara Municipal de Guajará-Mirim ocasião em que será instalada a Academia de Letras daquele município.

TRÃNSITO
Foi patético ver a senhora secretária municipal de Transportes dizer que vão ser tomadas providências com relação á circulação de carros pesados a qualquer hora no centro urbano de Porto Velho. Ora, ainda vão tomar providências? E num jornal um engenheiro de trânsito da prefeitura dizer que serão colocadas placas indicativas na região do trevo do Roque, para orientar motoristas. Ora, a obra já começou e só agora se deram conta da necessidade? É abusar da paciência da gente.

Já vimos esse filme...

Duas testemunhas idôneas, o empresário João Lobo e o professor Abnael Machado de Lima contaram a mesma história a este escrivinhador de mal traçadas linhas. Em 1964, quando a “redentora”, aconteceu no Brasil, em Rondônia houve um caso inusitado: o capitão Anacreonte, que apareceu por aqui como representante da “redentora”, tirou do governo do Território, e prendeu a todos os membros, inclusive o prefeito de Porto Velho, sob alegação de “corrupção”. E colocou no governo outro grupo.
Só que quem estava no governo eram membros do partido liderado nacionalmente pelo governador paulista Adhemar de Barros, apoiador de primeira hora da dita cuja “redentora”. E o novo fuhrer colocou no governo membros do PTB, partido ao qual era filiado o presidente João Goulart, defenestrado da função pelos “redentoristas”.
Entenderam? Ninguém entendeu, conforme o professor Abnael Machado. Pior ainda que, conforme João Lobo, em entrevista em 2004 na Escola do Legislativo “botaram os comunistas no quartel da 3ª Companhia (atual 17ª Brigada), no alojamento dos oficiais e os caras do partido que tinha dado o golpe no xadrez da Guarda Territorial (atual Polícia Militar”, localizado onde hoje é a sede do 1º BPM, na Arigolândia.
O que tem a ver com o “Já vimos esse filme...”, título do comentário, perguntarão os que se derem ao trabalho de ler essas mal traçadas linhas. Refere-se o título ao fato político, de já ter acontecido em Rondônia, há 45 anos e alguns meses, o que estamos vendo acontecer agora no Brasil onde “nunca antes neste país”.
Ora, os mandarins durante mais de 25 anos “venderam” a idéia de que havia autênticos demônios que deveriam ser afastados sem trégua de dentro do círculo do poder: José Sarney, Paulo Maluf, Fernando Color, apenas para citar três, mas há mais, muitos mais, como aconteceu em recente eleição municipal paulistana, quando Paulo Maluf fez campanha para a ex-ministra Marta Suplicy, a da famosa frase “relaxa e goza”. Paulo Maluf pedindo voto para o PT? Claro, da base aliada....
Aí, no poder, eis que os diabos já não são eles, que passaram a ser chamados de “base aliada”, mas sim outros que durante muito tempo estiveram junto aos senhores atuais do feudo. É só olhar em volta.
Para nós, de Rondônia, nada de novo no front. Já vimos esse filme, talvez nem tanto com a cara-de-pau de agora.
Inté outro dia, se Deus quiser!

DEU NA INPREMÇA

Seu Benu estava querendo saber se já foi oficializada a união homossexual no Brasil. Quando eu disse que não, pelo menos ao que me conste, ele mostrou a Folha de Rondônia, página 3 do 1º caderno de 10 de setembro deste 2009, onde a legenda de uma reunião evangélica dizia:
‘Mulheres esposas de pastores....’.
“Se são esposas pressupõe-se sejam elas mulheres, pelo menos enquanto não há oficialização de uniões entre pessoas do mesmo sexo”, reclamou o mais que nonagenário, e concluiu:

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DEU NA INPREMÇA - 4 DE SETEMBRO

DEU NA INPREMÇA

CONFUSÃO
Seu Benu lê o Jornal do Brasil desde a década de 1930 quando ganhou, de um passageiro de um barco em que atuava como marujo fluvial, um exemplar. Mas neste 4 de setembro ele aloprou: "A condessa não viu isso. A família Brito tem de voltar ao JB".
Sem entender nada eu continuei tentando entender outra manchete, a do "Estado de São Paulo", que dizia "Um em cada quatro professores do País se forma em cursos de má qualidade, diz MEC". Ora, eu estava pensando, se refere-se a "um", o melhor não seria "curso", ao invés de "cursos"?
Mas seu Benu, com a autoridade dos seus 96 anos insistiu: "Os caras do JB fizeram a maior confusão". E mostrou a razão de seus ais, manchete que dizia assim:
"Polícia chinesa dispersa novo protesto em cidade onde morreram 190"
Eu não vi nada de anormal e ele mandou: "Leia, leia". E eu li. E aí entendi a razão dos ais do seu Benu. É que o redator colocou abaixo do título a seguinte chamada:
"A maioria dos aspirantes às 4 mil vagas de soldado da PM fez o concurso para garantir a estabilidade de uma carreira no serviço público e 37% da corporação, entre oficiais e praças, já tem nível superior".
Enquanto seu Benu procurava uma maneira de protestar junto à direção do JB, eu continuei encucado com a mandhete do Estadão paulista.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DEU NA INPREMÇA

DEU NA INPREMÇA


QUEM É BAN-KI-MOON?

Seu Benu quase enrola a língua para pronunciar o nome, querendo saber quem seria Ban-Ki-moon. Ele mostrava o texto do site do jbonline.terra.com.br, 3 de setembro/09, onde estava escrito que “Ban Ki-moon pede acordo climático rígido e alerta para desastre”, seguido do texto: “O novo tratado climático, que irá substituir o Protocolo de Kyoto após 2012, está sendo negociado em várias reuniões, para ser aprovado no encontro ministerial de Copenhague em dezembro.”
“Afinal de contas quem é esse Ban-Ki-moon?”, queria saber o velho marujo fluvial e eu, na minha santa ignorância, preferi me encolher, enquanto ele bradava que “tem redator que quer que a gente adivinhe”.

ADIVINHAÇÃO

A seguir seu Benu veio com o que ele chamou de “exercício de adivinhação”, mostrando manchete na página 1.6 da Folha de Rondônia, onde se lia “Palio invade, bate em ônibus e mata três”.
“Invade o quê?”, quis saber seu Benu. “Esses caras continuam querendo que o leitor adivinhe. Vai ver que tem algum cartomante no jogo”, reclamou.

DUNGA

Nesta quinta-feira seu Benu estava, como se diz no interior do Nordeste, “cum a mulesta”. “Eu fiquei mais irritado do que o Dunga”, gritava ele enquanto eu nada entendia. Aí ele me mostrou a razão da cara feia.
“Veja aqui no Diário da Amazônia, na capa tem uma chamada “Dunga fica irritado com intromissão no trabalho” e aí chama para a página E 3. “Só que lá tem uma matéria de motocicleta e um comercial. Vai ver que o Dunga fugiu”, reclamou ele.

PEIXE IRREGULAR

Seu Benu muitas vezes me deixa meio maluco. Agora ele quer saber o que seja “peixe irregular”. Tudo por causa da manchete da página 11 do Estadão do Norte, dia 2, onde o redator colocou lá “Polícia apreende peixe irregular”.
“Eu nasci na beira do rio, cresci e tive minha vida toda navegando pela Amazônia e continuo gostando de peixe. Já vi peixe podre, já comi peixe que estava mal cozido, ruim mesmo, mas “peixe irregular” eu garanto que nunca vi. Vou ter de saber com esse redator que deve ser expert em pescado, porque depois de 96 anos de vida eu quero aprender o que seja peixe irregular”.
Eu também, nascido na beira do rio, não soube explicar. E também quero saber.

DEU NA INPREMÇA

DEU NA INPREMÇA


QUEM É BAN-KI-MOON?

Seu Benu quase enrola a língua para pronunciar o nome, querendo saber quem seria Ban-Ki-moon. Ele mostrava o texto do site do jbonline.terra.com.br, 3 de setembro/09, onde estava escrito que “Ban Ki-moon pede acordo climático rígido e alerta para desastre”, seguido do texto: “O novo tratado climático, que irá substituir o Protocolo de Kyoto após 2012, está sendo negociado em várias reuniões, para ser aprovado no encontro ministerial de Copenhague em dezembro.”
“Afinal de contas quem é esse Ban-Ki-moon?”, queria saber o velho marujo fluvial e eu, na minha santa ignorância, preferi me encolher, enquanto ele bradava que “tem redator que quer que a gente adivinhe”.

ADIVINHAÇÃO

A seguir seu Benu veio com o que ele chamou de “exercício de adivinhação”, mostrando manchete na página 1.6 da Folha de Rondônia, onde se lia “Palio invade, bate em ônibus e mata três”.
“Invade o quê?”, quis saber seu Benu. “Esses caras continuam querendo que o leitor adivinhe. Vai ver que tem algum cartomante no jogo”, reclamou.

DUNGA

Nesta quinta-feira seu Benu estava, como se diz no interior do Nordeste, “cum a mulesta”. “Eu fiquei mais irritado do que o Dunga”, gritava ele enquanto eu nada entendia. Aí ele me mostrou a razão da cara feia.
“Veja aqui no Diário da Amazônia, na capa tem uma chamada “Dunga fica irritado com intromissão no trabalho” e aí chama para a página E 3. “Só que lá tem uma matéria de motocicleta e um comercial. Vai ver que o Dunga fugiu”, reclamou ele.

PEIXE IRREGULAR

Seu Benu muitas vezes me deixa meio maluco. Agora ele quer saber o que seja “peixe irregular”. Tudo por causa da manchete da página 11 do Estadão do Norte, dia 2, onde o redator colocou lá “Polícia apreende peixe irregular”.
“Eu nasci na beira do rio, cresci e tive minha vida toda navegando pela Amazônia e continuo gostando de peixe. Já vi peixe podre, já comi peixe que estava mal cozido, ruim mesmo, mas “peixe irregular” eu garanto que nunca vi. Vou ter de saber com esse redator que deve ser expert em pescado, porque depois de 96 anos de vida eu quero aprender o que seja peixe irregular”.
Eu também, nascido na beira do rio, não soube explicar. E também quero saber.